Grandes mudanças têm acontecido para deixar o mundo mais sustentável, não é diferente quando falamos de motos. Grandes empresas já tem apostado em uma tecnologia mais ecológica. Confira as tendências para os próximos anos!
Diversos motivos fazem com que seja importante adotar práticas mais sustentáveis no mundo das motos. Mas em primeiro lugar, podemos falar sobre a queima de combustíveis fósseis utilizados pelas motos, que é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a extração e produção desses combustíveis fósseis têm impactos ambientais bastante significativos, como poluição da água e do ar, e degradação do solo.
Outro ponto é a crescente demanda por fontes de energia renováveis e limpas, como a eletricidade. Nesse sentido, há uma tendência crescente em direção a motos elétricas e outras formas de transporte com emissões zero ou reduzidas. E por fim, algumas práticas sustentáveis no processo de produção de motos, incluindo materiais sustentáveis, eficiência energética e reciclagem de peças, podem ajudar a reduzir o impacto ambiental e criar um futuro mais sustentável.
E é por isso que grandes empresas já tem tomados medidas importantes, a seguir falaremos sobre como isso tem influenciado a indústria das motos!
Motos elétricas são o futuro, e um futuro próximo
Nos últimos anos, as motos elétricas têm ganhado cada vez mais espaço no mercado e na mídia, impulsionadas pela crescente preocupação com o meio ambiente e a busca por soluções mais sustentáveis de mobilidade.
A popularidade das motos elétricas tem aumentado em todo o mundo, especialmente em países europeus e asiáticos, onde governos têm incentivado a adoção de veículos elétricos por meio de políticas de subsídios e infraestrutura adequada.
Grandes empresas do ramo de motocicletas, como Harley-Davidson, Yamaha, BMW e KTM, têm investido na produção de motos elétricas, lançando modelos inovadores e aprimorando suas tecnologias.
A Harley-Davidson, por exemplo, lançou sua primeira moto elétrica, a LiveWire, em 2019, e desde então tem buscado expandir sua linha de veículos elétricos. A Yamaha tem produzido scooters elétricas e recentemente anunciou a produção de sua primeira moto elétrica de alta performance, a Yamaha R1E.
A BMW tem investido na produção de motos elétricas de aventura, como a BMW eRR, enquanto a KTM lançou a Freeride E-XC, uma moto off-road elétrica.
Além disso, outras empresas especializadas em motos elétricas têm surgido, como a Zero Motorcycles, líder mundial na produção de motos elétricas, e a britânica Arc, que produz a inovadora Vector, uma moto elétrica com tecnologia avançada e design futurista. Com a crescente demanda por veículos elétricos, a tendência é que mais empresas do ramo invistam em soluções sustentáveis e ecologicamente corretas.
Suzuki se pronunciou recentemente e avança nessa “corrida”
A Suzuki está comprometida com a sustentabilidade do planeta e não fica de fora do movimento que as fabricantes de motos têm vindo a seguir nos últimos anos.
A empresa decidiu deixar de participar nos grandes campeonatos de motociclismo no final de 2022 para focar-se na investigação e desenvolvimento de projetos sustentáveis, tanto em automóveis como em motos.
Paul De Lusignan, Diretor da Suzuki Motorcycles de Inglaterra, confirmou que a Suzuki tem um compromisso de longa data com a neutralidade de carbono e que a empresa planeia lançar um modelo elétrico em 2024, além de criar oito modelos Plug-in até 2030.
Embora a Suzuki esteja comprometida com a produção de motos elétricas, parte do seu investimento também está destinado à investigação sobre E-fuels com zero emissões.
De Lusignan afirma que a empresa está a estudar gás natural comprimido, biogás e misturas de etanol, como potenciais formas de criar motores de combustão interna neutros em carbono. A Suzuki está a investigar e a trabalhar em torno destas tecnologias, mas a sua adoção dependerá dos regulamentos e infraestruturas de cada mercado.
A dedicação da Suzuki, juntamente com outras fabricantes, a um futuro mais amigo do ambiente é cada vez maior, e os modelos elétricos e de combustão interna alimentados a E-fuels são promissores para o futuro da indústria das motos.
Competições também têm investido em sustentabilidade
As corridas de motos atraem muitos espectadores, o que é muito interessante para os fabricantes, pois a máxima de que “vencer no domingo, vender na segunda-feira” é incontestável. Por isso, todas as grandes marcas têm forte presença em alguma categoria – ou em todas – do motociclismo.
No entanto, muitos estão preocupados com a sustentabilidade, que é essencial nos dias de hoje. Mas como lidar com esse problema e, ao mesmo tempo, continuar promovendo competições de forma responsável com o meio ambiente?
MotoGP pretende usar combustíveis não fósseis na competição
Os organizadores do principal campeonato de motociclismo mundial, a MotoGP anunciaram ações práticas com prazos determinados para tornar as corridas de motocicletas sustentáveis.
Embora exista uma categoria de motos elétricas, a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e a empresa organizadora da MotoGP, a Dorna Sports, estão trabalhando em conjunto com os principais fabricantes de motocicletas (Honda, Yamaha, Ducati, Suzuki, KTM, Piaggio, etc.) para introduzir gradualmente combustíveis não fósseis.
A partir de 2024, pelo menos 40% do combustível usado nas três categorias da MotoGP, Moto2 e Moto3, deverá ser de origem não fóssil, com a meta de ter 100% de combustível não fóssil até 2027.
Isso significa que a MotoGP desempenhará um papel crucial no desenvolvimento de tecnologia para zerar as emissões de CO2, mas ainda assim preservará os motores a combustão interna.
Este plano ambicioso envolve o uso de resíduos e biomassa não alimentar para produzir um combustível que será muito menos nocivo para o meio ambiente em termos de emissões de gases de efeito estufa.
Para acelerar esta pesquisa, as equipes e marcas envolvidas na categoria MotoGP poderão ter fornecedores de combustível múltiplos, para estimular a concorrência tecnológica e chegar a resultados satisfatórios mais rapidamente. É a competição fazendo o que sempre fez: servindo como um laboratório a céu aberto para o desenvolvimento de tecnologias.
Este é um grande passo na direção certa para tornar as corridas de motos mais sustentáveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Embora a eletrificação da frota mundial ainda seja um sonho, esta iniciativa demonstra que é possível trabalhar dentro das limitações atuais e ainda assim tomar medidas significativas em relação à sustentabilidade.
E aí, o que você acha destas mudanças próximas? Será que o combustível não fóssil será mais barato? Deixe nos comentários sua opinião!