Padronização da medição de autonomia pode resultar em números mais realistas para os consumidores de motos elétricas no país. Continue lendo para entender!
Padrões de medição de autonomia para veículos elétricos no Brasil
Em todo o mundo, temos vários padrões que ajudam a definir a autonomia dos carros elétricos, ou seja, a quantidade de quilômetros que conseguem percorrer com uma única carga da bateria antes de precisar de uma recarga.
Dentre os padrões mais populares, temos o NEDC (Novo Ciclo de Condução Europeu) e o WLTP (Procedimento Mundial Harmonizado de Teste de Veículos). No entanto, essas normas são diferentes dependendo da região onde são aplicadas.
O PBEV e a padronização de divulgação das informações de consumo para carros
No Brasil, o Inmetro está mandando ver na criação de um novo padrão nacional para divulgar as informações de consumo dos veículos elétricos. Os carros já estão seguindo as regras do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) e também estão se preparando para o Programa Rota 2030.
O PBEV é um programa mais “pé no chão”, indicando um consumo de energia um pouco mais alto do que os padrões comuns, tipo o WLTP. Com essa padronização, o consumidor pode ter uma ideia mais real da autonomia do veículo.
A regulação atual para motocicletas elétricas no Brasil
Agora, falando sobre as motocicletas elétricas, elas estão apenas cumprindo as normas do Promot, que limitam os níveis máximos de poluição permitidos.
Entretanto, infelizmente ainda não há uma padronização definida para medir a autonomia dessas motos elétricas no Brasil.
A padronização da medição de autonomia para motos elétricas no Brasil
O Inmetro ainda não anunciou se vai estabelecer regras e parâmetros de medição para as motos elétricas, mas podemos antecipar as novidades que podem chegar em breve.
A Voltz EVS é a moto elétrica mais vendida no país, com autonomia estimada em 180 km, pilotando a uma velocidade média de 35 km/h e usando duas baterias.
No entanto, se o novo padrão do Inmetro for adotado, o número que o consumidor verá será apenas 99 km. Com uma bateria, a autonomia anunciada cairia drasticamente de 120 km para apenas 66 km.
Consumidores não serão mais enganados
A padronização da medição de autonomia é importante para evitar que os consumidores sejam enganados por números superestimados, que só são alcançados em condições ideais de pilotagem.
Com as novas normas do Inmetro, a autonomia declarada dos veículos elétricos será menor do que a aferida em laboratório, sendo divulgados apenas 70 quilômetros para cada 100 km aferidos pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).
Isso fica claro ao analisar o caso do Volvo XC40, que apresenta uma redução de 15% na autonomia divulgada ao adotar as normas PBEV. Com a adoção das novas regras, a autonomia divulgada será ainda menor, com uma redução drástica de 45%, ou seja, de 420 km para apenas 231 km.
É essencial que os consumidores tenham informações precisas sobre a autonomia dos veículos elétricos, pois isso afeta diretamente na escolha de compra e no planejamento de viagens. Com a padronização da medição de autonomia, os consumidores poderão fazer escolhas mais conscientes e terão uma expectativa mais realista em relação à autonomia de seus veículos elétricos.
Mas afinal, a autonomia das motos elétricas será ainda menor?
A padronização das normas e medições implantada pelo Inmetro para os carros elétricos ainda não está confirmada para as motos elétricas no Brasil, já que essa indústria é ainda muito recente por aqui.
Apesar disso, podemos especular sobre o que pode acontecer. A Voltz EVS é atualmente a moto elétrica mais vendida no país, com uma autonomia de 180 km usando duas baterias a uma velocidade média de 35 km/h.
Se adotarmos o mesmo padrão de medição do Inmetro usado para carros elétricos, a autonomia divulgada para o consumidor final seria de apenas 99 km, o que representa uma queda significativa. Se a moto for pilotada com apenas uma bateria, a autonomia divulgada seria reduzida para míseros 66 km, uma queda ainda mais drástica em comparação com os números atuais.
Por fim, é importante entendermos que a padronização das normas e medições pelo Inmetro é uma medida importante para evitar que o consumidor seja enganado por números superestimados.
É fundamental que os consumidores tenham informações precisas sobre a autonomia dos veículos elétricos, para que possam tomar decisões mais conscientes e planejar suas viagens de forma adequada.
O que você acha dessa medida do Inmetro? Deixe seu comentário abaixo!